Para Roma com Amor (2012), filme de Woody Allen com participação de grandes nomes do cinema como
Roberto Benigini (A vida é Bela), Penélope Cruz (a musa de Almodóvar) e Alec
Baldwin, tem um enredo tecido de múltiplas tramas que envolvem, no seu bojo,
aspectos culturais dos EUA e da Itália, dando um caráter bilíngue ao longa.
O marcante medo da morte é
presente (mais uma vez) no personagem encenado por Woody Allen, que
figura um típico americano: pragmático, utilitarista, que em tudo visa o lucro,
e que é empresário do ramo da música.
As complexas relações amorosas
vividas no filme mostram o jogo cômico e fluido que impregna os amores. O enredo é quebrado, assim como os paradigmas sexuais. Os fetiches e as paixões, incontroláveis...
A futilidade e o peso da fama são
tratados nessa pelicula com um tom de realismo fantástico, beirando o non sense; talvez, como forma de
catalisar os sentidos e chamar à atenção para a fugacidade e superficialidade do
mundo midiático.
Como de costume, neste seu filme, Woody
Allen começa – e termina – com uma personagem falando diretamente para o
espectador: algo que eu acho marcante (e gostoso) na sua prática cinematográfica.
E o faz com uma fala-convite a conhecer e a desfrutar das ruas estreitas, das ruínas
e das estórias de Roma, através de uma fotografia que encanta.
Bom filme...!
Bom filme...!