Cordel fruto das prosa com trabalhadores/as rurais de Feira de Santana e Região...
A maió parte dos povo daqui, moço, num tem terra não...
E quando se tem, é um cadin minúsculo
Porcauso daqueles que tem demasiado
Muito latifúndio disusado.
A gente fica se bateno
Ajudando um e ôtro
Trabaiano duro que nem tôro
Com a famía e de comodato
Com difircutagem um pouco colheno
Quando tudo seca
Num tem jeito, vamo dá dia nas terra dos dotô
Arrancar toco e fazer pasto.
“Vocês num istudô”, dizim eles.
A maiuria aqui faz a assinatura com o dedo...
Caligrafia é coisa pros nobre
Pobre sabe lá o que é isso
Povo desvalido pensa que é desenho
Nossa linguage é mais falada
Sem escrivinhamento
Palavras só no coração e lá dentro
Donde Deus pôis as primera letra rascunhada.
Mas será, meu Cristo, que um dia isso tudo muda...?
Ô meu São José, há de consiguirmo terra pro nosso prantio...?
Valei-me mestre Palo Frêre
Quem sabe há de termo no nosso roçado chuva
Pra colheita abastada
Pra colírio pra leitura.
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
DISTRAÍDA-NEFASTA CANÇÃO
Um casal de moscas, intertido com o acasalamento (possuídas do instinto bom e insano) pousou, para este fim, na terceira corda da segunda casa do meu violão. Eu, intertido não com sexo (no momento), mas com a música e seu processo de criação, fiz com que uma das moscas ficasse viúva, com um lá maior em mãos: tom da distraída e nefasta canção - a qual, para diminuir meu sentimento de culpa, toquei no seu velório...
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
SAUDOSISMO CLAIREDELÚNICO
Hoje
Coloquei Claire de Lune pra tocar. Debussy me fez lembrar
de tudo que é poético e se foi...
Não como quem chora de tristeza;
mas, sim, com uma alegria melancólica
da beleza dos momentos vividos
vívidos
cujas fruições embeberam-se de força
e êxtase:
tornaram-se atemporais
no meu Pra Sempre...
Coloquei Claire de Lune pra tocar. Debussy me fez lembrar
de tudo que é poético e se foi...
Não como quem chora de tristeza;
mas, sim, com uma alegria melancólica
da beleza dos momentos vividos
vívidos
cujas fruições embeberam-se de força
e êxtase:
tornaram-se atemporais
no meu Pra Sempre...
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